Sonic children in the landscape

A educadora e artista sonora finlandesa Tiina Lapola, que ajuda a organização parceira HaiArt em projetos com crianças/jovens, foi convidada para fazer parte de, “Playing the Rural Landscape”, uma série de residências artísticas sobre o tema das conexões sónicas viscerais/tácteis com a paisagem rural. Uma das residências tomou lugar em Outubro de 2015 na pequena aldeia de Fataunços (município de Vouzela, Portugal). Lapola desenvolveu uma série de workshops com crianças locais usando gravações de campo, improvisações com música eletrónica e explorações com a voz, movimento e expressão. A mesma criou uma peça audiovisual final através de todo o material recolhido.

Ouvem-se os sussurros da floresta, gnomos e fadas a rir à gargalhada são as substâncias universais associadas ao mundo imaginário da infância. No mundo racional, apenas as crianças têm o privilégio de expressar as experiências do invisível e intocável como real. Ao crescer, a determinado ponto (sendo que hoje em dia, essa viragem chega cada vez mais cedo) é esperado que se comece a usar os sentidos de forma apropriada, aceites para o ambiente operacional envolvente baseado na orientação da performance. Ver uma árvore como uma tribo e as folhas como plebeus é uma possibilidade e oportunidade para compreender a importância de apreciar a vida. Conectar com a natureza e ver a fragilidade ainda abundantemente renovável é uma abertura para compreender a riqueza na diversidade de pessoas e culturas.

No seu trabalho, Tiina Lapola, tem a esperança de conectar a arte sonora com o mundo invisível e a consciência ambiental, ao dar às pessoas novas perspectivas no âmbito de compreender e apreciar a infância através da necessidade em relacionar a nossa existência com posteriores fases da vida. Ao trabalhar com estes temas, uma artista sonora pode encontrar preconceitos/pessoas que questionam o significado/importância da arte sonora, enquanto que as crianças ao encontrar algo de novo têm a capacidade de o fazer sem preconceito, o que se revela ser um campo auspicioso para artistas sonoros trabalharem.

Tiina Lapola (1982) nascida em Mölndal, na Suécia, e criada numa pequena aldeia rural chamada Lumijoki, no norte da Finlândia. É educadora de Hai Art’s no sentido MAKER. Desenvolveu o seu negócio DIY (do-it-yourself | faz-tu-mesmo) e DIWO (do-it-with-others |faz-com-outros). Tiina criou os passeios de bicicleta artreki, bem como gere a Hai Arts media & makers LAB. Em 2002, estudou a manufactura do design têxtil na escola de artesanato de Ilmajoki. Em 2015, começou a trabalhar na sua pós-graduação, estudos de especialização para instrutor de crianças e jovens. Conciliou os seus estudos em arte sonora, com o seu trabalho na Hai Art, Antye Greie-Ripattie visitas a artistas sonoros. O seu objectivo é avançar na área da arte sonora e experimental para prevenir a exclusão de jovens da sociedade e melhorar a competência social de crianças e jovens. A experiência de crescer em ambientes rurais de grande importância natural é refletida na sua metodologia e processo criativo.

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