Drawing on clay

O artista sonoro inglês Simon Whetham propôs trabalhar em redor do conceito do vento, enquanto uma força invisível que se torna visível, através de desenhos e pinturas com vários tipos de colunas de som e utilizando materiais encontrados na área. As pinturas e os desenhos foram elaborados com materiais do solo, como terra, plantas e outras matérias orgânicas encontradas em diversos locais. Adicionalmente foram feitas pequenas observações/registos escritos em cada um dos locais, suficientemente abertos para incorporar o clima e a sensação do lugar, cores, cheiros, sabores, o clima e as memórias desencadeadas. Com o auxílio de um gravador, explorou-se a narração com palavras e frases escritas, assim previamente pensadas, a serem apresentadas juntamente com as obras visuais resultantes.

Desde 2005, Simon Whetham desenvolve uma prática de trabalho com a atividade sonora enquanto matéria-prima para a criação. Usa sons do ambiente, empregando uma variedade de métodos e técnicas a fim de obter fenómenos sonoros muitas vezes despercebidos e obscurecidos. Ao apresentar o seu trabalho no contexto de uma performance ou de uma instalação, o espaço e os objetos internos tornam-se instrumentos para serem tocados. As suas investigações artísticas têm-no dirigido cada vez mais para projetos multidisciplinares, tornando seu trabalho mais visual e tangível. Atualmente, explora maneiras de reter os traços físicos do som e de transformar diferentes formas de energia. Whetham tem feito apresentações e exposto em múltiplos contextos internacionais como Fresh Winds Biennale 2018 e 2016 (IS), Nakanojo Biennale 2017 (JP), ACC Showcase 2018 (KR), Tsonami Festival 2017 e 2012 (CL), Madeiradig 2010 e 2011 (PT) e Moers Festival 2011 (DE); tem um grande número de trabalhos sonoros publicados em editoras especializadas, incluindo Mappa (SK), Crónica (PT) e Line (EUA) e colabora ainda com dançarinos, músicos, performers, pintores e video artistas.