A Binaural Nodar lançou em 2008 o seu primeiro projeto educativo intitulado “Aldeias sonoras”, um projeto educativo que consistiu na gravação, edição e mapeamento do património acústico de aldeias rurais em paralelo com o seu levantamento geográfico, histórico e sócio-cultural. O projeto envolveu escolas básicas e secundárias de zonas rurais, tendo começado no ano lectivo 2008-2009 na Escola Secundária de S. Pedro do Sul e passado por outros concelhos como os de Arouca e Vila Nova de Paiva. “Aldeias sonoras” encoraja estudantes de zonas rurais a “abrirem o ouvido” para o mundo acústico que os rodeia, envolvendo-os num processo analítico e colaborativo de captação, edição e publicação na internet de ambientes sonoros específicos de cada aldeia ou paisagem rural. Ao longo das múltiplas sessões de campo levadas a cabo com crianças e jovens rurais, foram gravados mais de uma centena de registos sonoros, atualmente incluídos no Arquivo Digital Binaural Nodar.

Tendo em conta os resultados motivadores deste primeiro projeto educativo, a equipa da Binaural Nodar desenvolveu nos anos seguintes, em articulação crescente com municípios como São Pedro do Sul, Vouzela, Castro Daire e Viseu e respetivos agrupamentos de escolas, mais de duas dezenas de novos ateliês que, de alguma forma, aprofundaram aspetos relacionados à percepção do património natural e cultural de pertença e ao potencial de expressividade que a mesma inclui. São exemplos: “Human field recordings”, “Descobrir a fonosfera rural”, “Vouzela Sonora”, “Ouço, Lembro e Sinto”, “Crianças à solta no museu etnográfico”, “Sketch & Sound”, “Cage/Objetos”, “Horta sonora”, “Livros falantes”, “Som imaginário”, “Orquestra da natureza”, “Barulho lab – experimentar com John Cage” e muitos outros.