Cross-and-along Paiva

A peça de áudio e vídeo é baseada em gravações áudio e vídeo subaquáticas da corrente do rio. Niblock utilizou um hidrofone e um microfone de contacto fixo numa chapa de metal, ambos submersos no movimento rápido da água. Liberovskaya usou uma câmera de vídeo subaquática feita para localizar peixes a partir de barcos de pesca. A peça cria um diálogo que flui entre padrões áudio e visuais. O trabalho foi gravado dentro e à volta da aldeia de Nodar. Podíamos ver a curva do rio onde trabalhámos a partir da varanda da residência onde ficámos.

A peça de som de Niblock é um trabalho independente e é utilizado como uma faixa para o vídeo. Ele estava interessado em como o hidrofone e o microfone de contato abstraemos sons da água e reproduzem as suas qualidades percucientes.

Liberovskaya, depois de muitas filmagens de várias perspectivas do ambiente subaquático do Paiva, ficou especialmente fascinada pelos diferentes padrões visuais, das bolhas de ar, luz, e ondas, formados pelos seus perpétuos impulsos.

Apresentação: esta peça deveria ser apresentada como uma instalação com o trabalho continuamente em looping (sem títulos )… Deveria ser, simultaneamente, mostrada a partir de dois projectores, um em cima do outro, ambos focados mais ou menos na mesma área, uma projecção simples, a outra por meio de um copo de água (doPaiva). Isto cria um brilho à voltada projecção sobre as paredes do espaço muito semelhante à refração da luz do sol no e ao redor do Paiva. Idealmente, o som deveria estar nos quatro cantos da sala com um bom sistema de sub-woofer. Deveria ser apresentado num espaço escuro.

Phill Niblock é um artista intermédia que utiliza a música, o filme, a fotografia, o vídeo e o computador. Elabora densas composições musicais, completas com micro-tons de timbres musicais, que se transformam em diferentes tons durante a sua performance espacial. Simultaneamente, o mesmo apresenta filmes / vídeos que procuram encontrar e mostrar, o movimento do cidadão em ambiente de trabalho, ou a manipulação da imagem abstracta digital P&B a flutuar pelo tempo. Phill Niblock nasceu em Indiana em 1933. Ao longo dos anos, criou variadas peças de colagem sonora e instalação, baseadas em gravações de campo. Em 2003 começou a sua colaboração com Katherine Liberovskaya. Uma colaboração que até aos dias de hoje resultou em diversos projectos instalativos audiovisuais de canalúnico. Desde a década de 60 que o seu trabalho tem sido exposto em números locais de referência em todo o mundo, como: The Museum of Modern Art; The Wadsworth Atheneum; the Kitchen; the Paris Autumn Festival; Palais des BeauxArts, Brussels; Institute of Contemporary Art, London; Akademie der Kunste, Berlin; Carpenter Center for the Visual Arts at Harvard… Em 1985, tornou-se director da Experimental Intermedia Foundation em Nova Iorque, de onde é membro e artista residente desde 1968. Noblick é ainda produtor das apresentações realizadas em Music and Intermedia em El, desde 1973 (aprox. 1000 performances) e curador da companhia discográfica El’s XI Records. Criou em 1993 a organização Experimental Intermedia, situada em Gent, Bélgica-El v.z.w. Gent-com o propósito de apoiar artistas em residência e os seus projectos artísticos instalativos. A música de Phill Niblock está disponível nas discográficas de XI e Moikai and Touch, bem como um DVD com diversos filmes e composições sonoras, disponível na editora Extreme.

Katherine Liberovskaya é uma artista multimédia situada em Mont real, Canadá e Nova Iorque. Desde o final da década de 1980, tem vindo a trabalhar predominantemente com vídeo experimental. Com o decorrer dos anos, tem produzido um número elevado de vídeos de canal único, instalações de vídeo e video performance, tendo estes mesmos trabalhos já sido apresentados em diversas galerias espalhadas pelo mundo. O seu trabalho mais recente, (vídeo/instalação) revolve em torno de diversas colaborações com artistas/compositores musicais emergentes e notáveis como: Phill Niblock, Al Margolis/If, Bwana, Hitoshi Kojo, Zanana, David Watson, David First, Anne Wellmer e Keiko Unishi (o.blaat). A partir de 2003, a artista permanen-se activa em mixagem de vídeo ao vivo, explorando o ato improvisativo com números artistas sonoros como: Margarida Garcia, Barry Weisblat, Vortex (Satoshi Takeishi + Shoko Nagai), Mary Halvorson, Toshio Kajiwara, Shelley Hirsch, Anthony Coleman, Tiziana Bertoncini, Thomas Lehn, Urkuma, Angelica Castellò, Micheal Delia, Antonio Della Marina, Giuseppe Ielasi,Renato Rinaldi, Richard Geret, Ben Owen, André Gonçalves, Matt Pass, Monique Buzzarté, Alessandro Bosetti, Audrey Chen, murmer, Max Shentelevs, John Grzinich, the Notekillers, Marina Rosenfeld, Jim Bell, Jason Kahn, Tom Hamilton, entre outros. Adicionalmente à sua prática artística, Liberovskaya, tem estado envolvida na programação e organização de diversos eventos de arte mídia, tais como: Studio XX in Montreal (coordenadora de progragamação 1996-1998, presidente 2001-2003), Espace Vidéographe, Montreal, bem como Experimental Intermedia, NY (Composições projecionais 2005, 2006, 2007, 2008, 2009) e Opto Sonic Tea series com Ursula Scherrer na galeria Diapason em Nova Iorque.

OBRAS ARTÍSTICAS