Terra, gente, som
Vozes, sons e palavras, um diário caminhado, um projeto a ser desenvolvido na área de Vouzela, associando a criação sonora e o andar de uma forma orgânica. Trata-se de um processo lento e demorado, emergente da escrita sonora e texto introspectivo, melodias rítmicas do corpo e a sua posição no ambiente, dia após dia, passo após passo, através do rigor repetitivo do exercício e da libertação do processo criativo.
Após uma primeira vida enquanto artista visual, formada pela ENSAD, Émilie Bahuaud manteve dessa experiência o desenho e a apropriação de várias técnicas, sendo a música o que realmente ocupa a sua vida, através da participação em várias formações ocasionais, no encontro e na improvisação. Em paralelo, tem lentamente construído o seu projeto a solo,nos limites do exercício vocal extremo com textos de uma língua imaginária, em direção a uma experiência de sedução direta. O seu universo é simultaneamente frágil e intenso.
Adicionalmente toca bateria, teclado e instrumentos numéricos. Através de concertos e performances regulares, a artista explora diferentes abordagens do seu trabalho a solo em diferentes potenciais locais expositivos, bem como é um membro ativo do coletivo artístico LaGenerale en Manufacture, onde ela tem trabalhado desde os últimos três anos. Com alguma frequência, organiza concertos na área circundante, em colaboração com outros músicos, escritores, cineastas, artistas visuais, com peças radiofónicas, workshops em hospitais psiquiátricos, leituras e discussões. B.R.