Na sequência de uma residência artística realizada em 2013 na aldeia de Sequeiros (São Pedro do Sul), na qual foi acolhida a antropóloga e artista sonora Ana Rodríguez, a Binaural Nodar e o projeto Mapa Sonoro de Uruguay coordenado pela referida investigadora e artista estabeleceram em 2018 uma parceria para o desenvolvimento de um projeto de larga escala intitulado “Ecos Antípodas”.

Este projeto consiste no estabelecimento de um diálogo profundo entre comunidades rurais, culturais e territoriais de Portugal, do Uruguai e do Sul do Brasil, no sentido de ajudar a problematizar, através da antropologia sonora e arte sonora, temáticas como a língua, herança, memória, trabalho, mudanças sociais e território. Em Ecos Antípodas refletem-se aspectos comuns e específicos das culturas rurais, que ajudam a revitalizar vínculos diretos ou indiretos e a refletir e recuperar parte da sua memória, promovendo assim essas mesmas ligações no seio das comunidades envolvidas.

“Ecos Antípodas” dá sequência aos caminhos trilhados pela Binaural Nodar e pelo Mapa Sonoro de Uruguay, através da concepção de estratégias de trabalho com as comunidades que potenciem o exercício da escuta, a captação e edição sonoras, fomentando a criação e uso de arquivos de memória locais e rurais e, através de registos sonoros alojados na internet, propõe-se um diálogo entre as comunidades rurais dos territórios incluídos no projeto.

Ao longo dos últimos anos anos foi desenvolvido um corpo de ações, incluindo gravações sonoras de áreas rurais, sessões de divulgação comunitária, peças sonoras, residências artísticas simultâneas sobre temáticas comuns, exposições mixed-media, projectos educativos, etc.

2013

Projeto artístico de Ana Rodríguez

La fragancia de los pensamientos salvajes

Residência artística em Sequeiros, São Pedro do Sul (Portugal)

2018

Obra sonora de Luís Costa gravada e editada em Tacuarembó (Uruguai)

Casa Destino

Um homem chega a um país distante, tentando encontrar o seu caminho. Algo que vem de antes incomoda-o, mas o tempo que passa tenta curar feridas e abrir horizontes. Depois de algum tempo, uma casa simples e bonita torna-se o imenso mundo deste homem, algo que ele não esperava, algo de que ele precisava. Esta é uma homenagem àquelas humildes casas que emanam uma energia bela e ancestral, nas quais os seus objetos e as suas respirações aparecem na medida certa de um viver com sentido..

Ateliê coordenado por Luís Costa e Nilda Amaral com apoio de Ana Rodríguez e de Pato Pintos

Aros y Rayuelas

Um ateliê sonoro e de oralidade dirigido em agosto de 2018 por Luís Costa e por Nilda Amaral em conjunto com a comunidade da escola rural n.º 49 de Piedra Sola ( Paysandú, Uruguai). A peça sonora capta a energia das crianças, ao mesmo tempo próxima da terra e onírica, ouvindo-se alguns dos exercícios propostos às crianças, a sua interação com os gravadores de som, as suas brincadeiras alegres e terminando num calmo “decrescendo” com o esboço de uma milonga tocada à viola por Pato Pintos, ferreiro, músico e cantor/compositor de Tacuarembó.

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