A CARQUEJA NO QUOTIDIANO DE VÁRZEA DE CALDE
Residência etnográfica e artística

Com Ana Ferreira, Liliana Silva e Luís Costa
1 – 30 abril 2025
Várzea de Calde (Viseu)

Uma atividade desenvolvida pela Binaural Nodar em articulação com o Município de Viseu, com a Junta de Freguesia de Calde, com a Associação Cultural e Recreativa de Várzea de Calde, com o Grupo Etnográfico de Trajes e Cantares de Várzea de Calde, com o Instituto Politécnico de Viseu, com a Universidade de Aveiro (através do seu Departamento de Comunicação e Arte) e com a rede europeia Tramontana, financiada pelo programa Europa Criativa.

Na sequência de um convite do grupo de trabalho Várzea de Calde – Aldeia de Portugal, a Binaural Nodar inicia um trabalho de pesquisa de campo etnográfico e de desenvolvimento criativo relacionados com a carqueja em Várzea de Calde, cujos habitantes eram chamados de carquejeiros, pela profusão desta planta em redor da aldeia, a qual era recolhida e transportada para Viseu, para ser queimada nos fornos que coziam o pão em algumas padarias. A carqueja é uma planta rasteira com grande resistência aos incêndios uma vez que depois de ardida a mesma regenera-se muito rapidamente. Tradicionalmente a carqueja é usada pela sua ação digestiva, de estimulante hepático, pelo seu efeito diurético, nos estados gripais e constipações, sendo as flores a parte mais utilizada para as infusões. Para além do seu uso medicinal, esta planta ainda é usada como forragem para o gado, para construir vassouras e como lenha para os fornos de cozer pão uma vez que a mesma arde muito rapidamente e produz muita energia.

Durante a investigação serão efetuados com a comunidade recolhas fotográficas, entrevistas, registos audiovisuais, os quais resultarão em três obras/instalações complementares, uma fotográfica, uma mixed-media e uma audiovisual, todas a inaugurar em maio próximo, em data e horário a anunciar.

A Binaural Nodar é uma entidade cultural apoiada pela República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes.