RE-INTERIORIZAÇÃO DE PAISAGENS
Residência Artística
18 a 22 março 2024
Lafões Cult Lab, Vouzela

O CENTRO DA ASSIMPTOTA
Concerto para piano, voz e paisagens sonoras
21 março 2024
Cine-Teatro João Ribeiro, Vouzela
Com Rui Lima

Uma co-produção entre a Binaural Nodar e o Município de Vouzela, com a colaboração da Escola Profissional de Vouzela.

O compositor Rui Lima esteve, pela segunda-vez, em residência artística no Lafões Cult Lab entre 18 e 22 de março, tendo a mesma culminado com um concerto para piano, voz e paisagens sonoras, intitulado “o centro da assímptota”.

O concerto comentado contou com a presença de dezenas de alunos de vários cursos da Escola Profissional de Vouzela, os quais participaram ativamente com comentários sobre o que iam ouvindo e sobre o que era explicado pelo autor.

A composição eletroacústica, intitulada “o centro da assimptota”, junta a composição das gravações sonoras, voz, e piano improvisado sobre temas escritos. É uma obra simultaneamente idiossincrática e colaborativa, imagética-metafórica e concreta-descritiva, científica e religiosa, que pretende retratar algumas das sensações que a paisagem do eixo da rede hidrográfica do rio Vouga, em dois pontos distintos – Vouzela e Aveiro – transmite. O artista é o receptor sensível aos estímulos da paisagem, e serve de pequena amostra pessoal, de testemunho ao público, re-transmitindo sensações, ideias, imagens e pensamentos adquiridos sob a forma da composição. Qual o impacto que esta paisagem tem sobre as pessoas, a sua simbiótica sociedade, os seus habitantes, e os que a visitam?

Rui Lima é natural de Lourosa, Aveiro. Licenciou-se em Biologia na Universidade de Aveiro em 2017 em estágio integrado na área de ecotoxicologia, estudando efeitos de herbicidas e salinidade em espécies zooplanctônicos de água estuarina. Paralelamente à licenciatura estudou composição. Desde 2016, algumas composições originais têm sido interpretadas esporadicamente, experimentando com vários grupos de música e teatro. Obteve em 2021 o grau de Mestre em Música na UA, desenvolvendo a sua técnica de composição e criando uma obra ligada a outras áreas, inspirada nas paisagens das luas do sistema solar.

Publicou em 2022 a primeira obra, The Cliff, inspirada em estratos geológicos costeiros; foi artista residente através da associação Self-Mistake. Participou já em dez projetos do programa Erasmus+, incluindo Cursos de formação (TC), intercâmbios e voluntariados. Concomitantemente, é freelancer, músico, no Devon (Inglaterra).

Fotografias por Liliana Silva e Ana Margarida Ferreira para a Binaural Nodar.

A Binaural Nodar é uma entidade cultural apoiada pela República Portuguesa | Cultura – Direção-Geral das Artes.