ECOS DO DOM
Práticas de cuidado e saúde em áreas rurais de Portugal e Uruguai
Exposição fotográfica e multimédia
De Ana Rodríguez, Liliana Silva e María Puppo
Museu do Linho de Várzea de Calde (Viseu)
De 30 novembro a 31 de dezembro de 2024
Inauguração: Sábado, 30 novembro às 15h00
Uma coprodução da Binaural Nodar, do Município de Viseu através do Museu do Linho de Várzea de Calde e da Junta de Freguesia de Calde.
A antropóloga uruguaia Ana Rodríguez tem vindo a trabalhar com memória, som e oralidade em contextos rurais, nomeadamente através do seu projeto Mapa Sonoro de Uruguay, e um dos focos da sua intervenção são as práticas tradicionais ligadas ao cuidado e à saúde individual e da comunidade, as quais se foram transformando ao longo do tempo, ainda subsistindo em zonas rurais de países como Portugal e o Uruguai.
No decorrer de residências artísticas realizadas em Várzea de Calde (Viseu) e no Norte de Uruguai em 2020 e em 2022, foi feita uma indagação sobre estas permanências e como elas são significadas atualmente pelos beneficiários dessas práticas. Nestes processos, que podem ajudar no restabelecimento da saúde, intervêm algumas plantas, assim como narrações transmitidas oralmente ao longo de gerações de pessoas que viveram ou ainda vivem no mundo rural.
A exposição “Ecos do Dom: Práticas de cuidado e saúde em áreas rurais de Portugal e Uruguai”, a inaugurar no dia 30 de novembro, reúne reflexões escritas e relatos sonoros selecionados por Ana Rodríguez e um conjunto de fotografias da autoria de María Puppo (Uruguai) e Liliana Silva (Portugal) que ilustram as paisagens sensoriais relacionadas com as práticas referidas atrás.
Na sequência desta exposição, será publicado um livro bilingue (Português e Espanhol) com o mesmo título que reúne onze textos de Ana Rodríguez relacionados com a sua pesquisa, assim como ensaios fotográficos e sonoros, conferindo à publicação a condição de livro expandido.
Ana Rodríguez nasceu em Montevidéu, vivendo e pesquisando em contextos rurais desde 2001, ano em que se estabeleceu em Tacuarembó, no norte do Uruguai. Antropóloga formada pela Universidade da República do Uruguai. Cursou o mestrado em Teoria e Prática do Documentário Criativo na Universidade Autónoma de Barcelona. Formou parte da equipa docente do Núcleo de Estudos Rurais (Sede de Tacuarembó da Universidade da República do Uruguai) e entre 2016 e 2018 e criou materiais didáticos audiovisuais sobre género e ruralidade para Faculdade de Agronomia do Uruguai (2016), criou o Mapa Sonoro do Uruguai (2016), sendo atualmente uma artista que desenvolve projetos criativos no Uruguay em Portugal, muitos deles em parceria com Binaural Nodar (Ecos da Ida e do Retorno, Radioballo, Plantas Faladas, Lecho, etc. etc.).
Liliana Silva é natural de Santo António, Funchal (Portugal). Terminou em 2014 a sua licenciatura em Artes Plásticas, Ramo Multimédia na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Nesse mesmo ano ingressou no Mestrado em Comunicação Multimédia, Ramo Multimédia Interativo pela Universidade de Aveiro, que viria a concluir em 2016. Desde Agosto de 2017 que desempenha na Binaural Nodar as funções de responsável pelas áreas de comunicação e multimédia, tendo desenvolvido intensa atividade na área de desenho gráfico, gráfica editorial, gravação e edição vídeo, concepção e montagem de exposições, etc. Realizou os documentários “À eira: o centeio que resiste em Campia” (2020). “Templo erguido: a história da igreja nova de São Miguel do Mato” (2022), “Rebordinho: Uma aldeia retratada” (2023) e “A valorização dos Baldios de Rebordinho e Malhadouro” (2024).
María Puppo é licenciada em Artes Plásticas e Visuais pela Universidade da República do Uruguai e mestre em Ciências Agrárias, opção em Ciências Vegetais, pela mesma universidade. Nascida na zona rural de Maldonado, filha de viveiristas, e atual viveirista de plantas ornamentais e plantas autóctones da região costeira e montanhosa do sul do Uruguai. María Puppo é atualmente docente e pesquisadora do curso de Licenciatura em Desenho Paisagístico, CURE/UDELAR, Maldonado (Uruguai).
A Binaural Nodar é uma entidade apoiada pela República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes.