Paisagens sonantes e vozes dissonantes
Partindo das paisagens envolventes das Serras, Vales, Rios e Património arqueológico, o pretendido com esta residência, foi criar pontes sonoras e visuais com o património, utilizando palavras, sons e fotografias dos locais onde fizemos uma pesquisa artística. Valorizando as artes, as gentes e os sítios, mesclamos artistas sonoros com artistas performativos e da palavra, com o objetivo de fixar novas memórias sonoras e vocais, para que se pudesse repensar a região e toda a sua envolvência cultural, ambiental e social. Serão os sons criadores de novas paisagens? Serão as paisagens criadoras de novas sonoridades? Qual é a função da palavra para uma paisagem? As palavras mudam as paisagens? Os humanos mudam com a mudança das paisagens e do património? A minha voz é um património? O traço risca paisagens no ar? Pode-se inscrever a pintura na paisagem ou a paisagem entra dentro da pintura? A nossa voz coletiva, cria um novo património sensível? Qual o papel da arte na criação de um mapa pessoal sensível? É nesse questionar que se decidiu capturar a paisagem, para melhor compreender a sonoridade das nossas vozes dissonantes e imperfeitas. Com textos, sons, imagens, tentamos dar respostas às nossas questões e perspectivar novos olhares sobre o património e as suas gentes.
Ângela Antunes de Oliveira, a.k.a. Angie Antunes, 28 anos, nasceu em Almada e reside no Seixal. Frequentou o curso de Design Gráfico e posteriormente o ensino secundário na área das Artes Visuais em Grândola. Autodidata, aprendeu a usar programas de design e animação. Concebeu várias ilustrações e alguns vídeos animados como passa tempo, usando mesagráfica, computador e um Ipad. Depois de trabalhar durante 2 anos como hospedeira de bordo, decidiu entrar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa a fim de seguiros seus sonhos. Entretanto teve ilustrações a concurso, expostas na SNBA durante Abril e Maio de 2021. Atualmente, tem um portfólio online onde coloca os trabalhos que vai desenvolvendo.
Aníbal S.G. Santos nasceu em Agosto de 1965 no Porto e é gestor numa empresa do ramo da metalurgia onde trabalha desde os 14 anos. Vários Cursos a nível de programação informática, tal como animação em 3D nos primeiros passos. Nas horas de lazer contribui para a divulgação da região de Lafões, e arredores, através de reportagens em jornais regionais, revistas e páginas de internet, tendo escrito cerca de 200 artigos. Usa a forma visual através da divulgação fotográfica e realização de vídeos das atividades recreativas da região e de eventos de outras zonas do globo. Interagiu com músicos nacionais e estrangeiros em tourné e como assistente ou roadie, surgindo dessa forma o nome como é reconhecido:Aníbal Seraphim. Nome que consta nas tournées, nos créditos de CDs e DVDs. Curta-metragem: Integrou o elenco de “Caring gives us the power to transform” da Citnm.
António Manuel Ramos, nasceu em 1966, natural de Lisboa, em 1981 começou a aprender saxofone na BANDA MUSICAL E ARTÍSTICA DA CHARNECA-LISBOA, mais tarde como saxofonista e/ou guitarrista integrou diferentes projetos musicais por vezes muito díspares uns dos outros, indo desde a música filarmónica até à música mais experimental (BERLAU & AM RAMOS e várias participações no MIA–ENCONTROS DE MÚSICA IMPROVISADA DE ATOUGUIA DA BALEIA), passando pelo rock mais alternativo (PERVE, COTY CREAM e NEW CONNECTION), e pelo spoken word com o projeto TAPETE, tendo feito com este uma residência artística em São Tomé e Príncipe que acabou por ser o ponto de partida para a gravação do primeiro de três discos de SAX ON THE ROAD.
Mário Rui Filipe: Professor de Teatro–Interpretação, Movimento, Dramaturgia, FCT, desde 2006. Encenador desde 2001 em companhias independentes, de teatro universitário e escolar. Ator desde 1995 – Formação superior pela ESMAE – Porto e Mestrando em Teatro e Comunidade pela Escola Superior de Teatro e Cinema–Amadora. Fez curtas-metragens, deu a voz para séries e curtas de animação; participou em várias residências artísticas pelo país; Masterclasses de Teatro e Encenação com vários criadores teatrais.
Pedro Figueiredo: Animador, Formador, Marionetista e Construtor de Marionetas; Ator em Feiras Medievais e Performances Artísticas, Artista Plástico, Músico, Organizador de Eventos, DJ, como freelancer e em estruturas de criação artística desde 1995. Adicionalmente é também baterista em várias bandas de rock nacionais, bem como intérprete em várias companhias de teatro.