“Mãe de Água: O fluxo da vida rural feminina”
Um percurso etnográfico e multimédia
9 janeiro a 9 fevereiro 2019
Segunda a sexta-feira, das 14h00 às 18h30
Sábados das 9h30 às 12h30
Centro histórico de São Pedro do Sul (Município São Pedro do Sul)
Uma produção Binaural Nodar
Ideia original de Luis Gomes da Costa
Intervenções artísticas de Luis Gomes da Costa, Manuela Barile, Liliana Silva e Tiago Pereira.
Apoio artístico e direção de produção: Diana Silva
Registos sonoros e vídeo etnográficos parte do Arquivo Digital Binaural Nodar (http://www.archive.binauralmedia.org) realizados por Luís Gomes da Costa, Manuela Barile e Ana Rodríguez.
Materiais etnográficos e fotográficos dos municípios de São Pedro do Sul, Águeda, Idanha-a-Nova, Óbidos e Lousã.
Desde as civilizações arcaicas que a mulher está associada à fecundidade, à fertilidade e à origem da vida. Estes elementos não raras vezes são representados por simbologias aquáticas, que evocam a transformação, a purificação e a própria força vital. A água é assim entendida como o ponto de partida para a própria vida, sem a qual nada cresce, nada fecunda. Em simultâneo, a água é símbolo de cura, ou de limpeza espiritual (como no baptismo em que a “água benta” é literalmente uma “bênção” que lava os pecados).
Por outro lado, nos territórios rurais, a água sempre foi o elemento fundamental para a inserção da próprias comunidades em determinados lugares: a água das nascentes, das fontes, dos ribeiros, dos rios, dos lavadouros, dos moinhos, dos pisões, dos sistemas de rega, das termas, etc. etc.
“Mãe de Água: O fluxo da vida rural feminina” é uma proposta etnográfica e multimédia em espaço público que irá dinamizar uma parte importante do perímetro mais histórico de São Pedro do Sul, consistindo num rio de histórias que percorre as vidas rurais dos territórios integrados no Projeto Cinco, na forma de um conjunto de “cenas” que integram elementos audiovisuais, objetos e interatividade e que representam várias fases da vida da mulher rural, tendo sempre a própria água como aspecto comum.
A intervenção destina-se à fruição de públicos locais, turistas e comunidades educativas, tendo associado um mapa que propõe um percurso assinalado com explicações do significado de cada elemento da intervenção.
Não obstante, os seus elementos multimédia, a intervenção pretende-se simples e emotiva, de forma a captar a atenção de todo o tipo de públicos.