Sem Título

(Re)Rural é um projecto centrado na análise de três vertentes distintas dos processos de transformação no espaço rural: o habitat, os usos e as práticas do quotidiano. A leitura destes processos percorrerá três escalas espácio-temporais, inter-relacionando o espaço (o habitat e as tipologias associadas aos usos e práticas do quotidiano) e o tempo (passado, presente e futuro), a partir de diferentes gerações (avós, pais e filhos). Este ponto de partida direcionou o caso de estudo para a Aldeia de Manhouce, a única com escola primária a funcionar no contexto das Aldeias de Magaio. Tomar-se-á como objeto de estudo este território e as histórias de vida da sua população, partindo de uma amostra de alunos do 4.º ano da Escola Primária de Manhouce.

Objectivos:

-Estabelecer uma inter-relação entre espaço, tempo e as gerações envolvidas.

-Desmontar as transformações do espaço rural ao longo do tempo: do habitat, dos usos e das práticas do quotidiano, a partir das histórias devida de três gerações de habitantes (avós, pais e filhos).

-Reflectir sobre o impacto dessas transformações no significado do conceito de “rural”.

-Identificar e questionar futuros cenários possíveis para o território em causa.

-Suscitar e abrir o debate e a partilha de opinião sobre as transformações do espaço, as necessidades e aspirações de quem nele habita.

Ana Costa

Formada em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), o seu percurso profissional assenta nas áreas da arquitectura e da tradução. Tem um particular interesse pela reabilitação da arquitectura e pelas cidades Património da Humanidade da UNESCO, tendo frequentado o Mestrado em Reabilitação da Arquitectura e Núcleos Urbanos na FAUTL. Está actualmente envolvida num projecto de investigação sobre Monumentos Nacionais com o apoio do International Council of Monuments and Sites (ICOMOS) de Portugal. O seu interesse na interdisciplinaridade da arquitectura leva-a a envolver-se em diversos projetos paralelos no âmbito científico e de investigação, bem como no artístico, e aco-fundar recentemente uma plataforma internacional, platform[az], com enfoque na arquitectura e na interligação desta com as diferentes áreas do saber e das artes.

Maria Carlos Valverde

Arquitecta, licenciada em Arquitectura de Gestão Urbanística pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL) em 2005. Foi bolseira ao abrigo do Programa Sócrates/Erasmus em 2003, tendo frequentado o 2.º semestredo 4.º ano na Faculdade de Arquitectura do Politécnico de Turim. Realizou o estágio de ingresso à Ordem dos Arquitectos no Gabinete Técnico Local (GTL) em Trancoso (Aldeia Histórica de Portugal) e colaborou numa equipa multidisciplinar, onde desenvolveu Projectos de Arquitectura em diferentes escalas sob a orientação da Prof. Doutora Isabel Raposo (2006-2007). Mestranda em Reabilitação da Arquitectura e Núcleos Urbanos na FAUTL, elabora actualmente a dissertação com o tema “Património rural como factor de desenvolvimento local–participação da população entre espaços de representação e espaços. vivenciais – Cogula e Aldeias de Magaio ”sob a orientação da Prof. Margarida Moreira e Co-orientação da Prof. Doutora Isabel Raposo. Em simultâneo, presta serviços de arquitectura fundamentalmente em territórios de baixa densidade em contexto rural e na área da reabilitação.

Sílvia Branco Jorge

Arquitecta, mestre em Reabilitação da Arquitectura e Núcleos Urbanos e doutoranda em Urbanismo pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), foi bolseira de investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia no projecto de investigação “Reconversão e reinserção de bairros de génese ilegal”, coordenado pela Professora Doutora Isabel Raposo. Recentemente, colaborou como Centro de Estudos e Desenvolvimento do Habitat, em Maputo, enquanto bolseirado Programa Inov-Art promovido pela Direcção Geral das Artes, e actualmente, de regresso a Portugal, integra a equipa do projecto de investigação-acção “Workshops de participação e desenvolvimento de técnicas e processos de planeamento participado” na Vertente Sul de Odivelas, coordenado pela Professora Doutora Isabel Raposo, a decorrer no Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Designda FAUTL.

Zoraima de FIGUEIREDO

Arquitecta, licenciada pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), exerce a profissão de forma ininterrupta em ambiente de atelier há dez anos, acumulando experiência em todas as áreas de projecto e no acompanhamento de obras. Destaca-se o seu interesse pelas artes, em particular pela fotografia, tendo-se dedicado ao longo dos últimos anos a fotografar arquitectura, bem como diversos outros temas e cenas do quotidiano. Participou em exposições colectivas e já viu o seu trabalho publicado em diversas revistas e sites. Co-fundou recentemente a platform[az], uma plataforma internacional que tem como objectivo principal interligar a arquitectura com as outras áreas do saber e das artes.